Blogue da Biblioteca Escolar da Escola Básica Ferreira de Castro - Sintra

Aqui partilhamos tudo o que acontece na nossa Biblioteca.

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02 junho, 2014

Terceiras Pessoas

"Terceiras Pessoas", de Helena Marques é a obra que será analisada na próxima sessão sessão do Clube de Leitura.

"Em 1998, Helena Marques publica Terceiras pessoas. A obra tem lugar na virada do milénio, no século XXI, e descreve o percurso da mulher segundo a sociedade de sua época. Tempo e espaço entrelaçam-se. 


Terceiras pessoas tem lugar em Porto dos Frades, um lugar fictício, na região do Ribatejo. Este local, em Portugal continental, é a recriação entre o real e a realidade. A natureza é o lugar de chegada, é a “geografia do coração”. Os caminhos indicam a “paixão da terra”, “o sentido de pertença”. São o lugar da memória, das marcas deixadas pelo tempo.


Neste lugar se relacionam três gerações em torno da personagem central, Natália, casada com João Bernardo. O casal, amantes e esposos, com o decorrer do tempo invertem seus movimentos. Ele segue o movimento centrípeto, contínuo e coerente. Ela perfaz o movimento centrífugo, numa busca constante de mudança. Nesta obra, Natália, símbolo da mulher portuguesa, encontra a sua identidade. Ela já não depende do homem, e realiza-se por si só. Natália, executiva eficiente e independente, voa entre a Europa e a América. Com este tipo de vida, as terceiras pessoas desempenham um papel fundamental. São os heróis anónimos do quotidiano:

…o mundo não é constituído só por nós, os que nos conhecemos desde sempre, os que nos encontramos todos os dias. O mundo é sobretudo constituído por elas, pelas terceiras pessoas, aquelas de quem nada sabemos ou de quem pouco sabemos e que, um dia, inesperadamente, saem do desconhecimento ou das sombras e vêm ao nosso encontro, subvertem os nossos conceitos e influenciam as nossas vidas ou são por elas influenciados.

Natália não poderia ter a vida de executiva sem as terceiras pessoas. Foi com elas que teceu a “teia familiar”. Mas as terceiras pessoas são, em verdade, primeiras. Elas dão “a certeza de continuidade da casa, das terras e da memória”. Para Natália, foi-lhe oferecida a Holanda como morada final de sua carreira – presidente da Companhia.. Aceitar o cargo mais elevado de sua carreira, implica em deixar as pessoas amadas para trás, como o fizera antes. Ir ou ficar, optar entre a vida profissional ou a pessoal é o dilema. Ambas são inconciliáveis no tempo e no espaço. Sempre há um preço a pagar.

Natália reflete: “…mas onde está a vitória? Que faço dela?, ou que fez ela de mim?”. Neste ponto se encontra a mulher na virada do milênio, entre duas opções, a casa ou a profissão. A mulher chegou onde queria. O caminho de sua plenitude é agora uma escolha individual."

Fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/helena_marques.htm

28 abril, 2014

Clube de Leitura

Para a próxima sessão de leitura , foi selecionado o livro "A Confissão da Leoa", de Mia Couto.
Da sinopse, retirámos o seguinte passo:
"[...] Os nossos jovens colegas trabalhavam no mato, dormindo em tendas de campanha e circulando a pé entre as aldeias. Eles constituíam um alvo fácil para os felinos. Era urgente enviar caçadores que os protegessem. Os caçadores passaram por dois meses de frustração e terror, acudindo a diários pedidos de socorro até conseguirem matar os leões assassinos. Mas não foram apenas essas dificuldades que enfrentaram. De forma permanente lhes era sugerido que os verdadeiros culpados eram habitantes do mundo invisível, onde a espingarda e a bala perdem toda a eficácia. Aos poucos, os caçadores entenderam que os mistérios que enfrentavam eram apenas os sintomas de conflitos sociais que superavam largamente a sua capacidade de resposta. Vivi esta situação muito de perto. Frequentes visitas que fiz ao local onde decorria este drama sugeriram-me a história que aqui relato, inspirada em factos e personagens reais."

Clube de Leitura

Foi no passado dia 4 que se realizou a sessão mensal do nosso Clube de Leitura.
Desta vez, leu-se e comentou-se a obra "A Capital" de Eça de Queiroz.
Da Sinopse, retirámos o seguinte passo:
 "Obra que Eça deixou inacabada – em parte por recear que fosse demasiado escandalosa para a sensibilidade dos seus contemporâneos - A Capital só viria a ser publicada postumamente, numa edição com cortes e acrescentos de autoria de José Maria d’Eça de Queirós, o filho do escritor. Daí o interesse de que se reveste a presente edição, cujo texto é substancialmente diferente do que até agora circulava. Nele descobrimos o deslumbramento, mas também a mordacidade queirosiana com que Eça retratou a «sua» cidade, através da sofisticada frivolidade dos meios sociais e das personagens que ainda hoje povoam o nosso imaginário quando evocamos a Lisboa de Novecentos."

22 janeiro, 2014

O Tigre Branco

 

Realizou-se na passada sexta-feira mais uma sessão do nosso Clube de Leitura. A obra comentada foi “O Reino do Dragão de Ouro”, de Isabel Allende, conforme publicámos aqui.

Decidiu-se que a próxima leitura será “O Tigre Branco” de Aravind Adiga”, que apresentamos aqui.

 

Sinopse tigre_branco_com1

“Premiado com o Booker Prize de 2008, O Tigre Branco é um romance de estreia auspicioso que, sem cair no cliché do romantismo exótico e superficial, nos revela uma Índia ainda muito pouco explorada pela ficção, a Índia negra, violenta e exuberante das desigualdades socioculturais endémicas. Aravind Adiga oferece-nos um retrato cru e muito pouco glamoroso da desumana realidade de vida das classes mais pobres pela voz espirituosa e mordaz do narrador, Balram Halwai, um jovem que cresce no interior miserável da Índia e se torna um empresário de sucesso em Bangalore. E é através do seu percurso moralmente ambíguo que conhecemos as discrepâncias chocantes entre o luxo extravagante da elite rica dos boulevards e a luta desesperada pela sobrevivência dos que nada têm. Uma comédia negra irreverente que desmistifica a Índia lírica e nostálgica que tantas vezes idealizamos. “

Presença, 2010

Este livro é uma carta escrita pelo protagonista,  Balram Halwai, e dirigida ao Primeiro-Ministro Chinês, que visitará a Índia em breve. Nela Balram descreve a sua vida. Oriundo de uma casta inferior, viveu uma infância miserável e cresceu sem saber o que era uma rede de esgotos ou a eletricidade. O pai morreu de tuberculose num hospital sem médicos, onde os doentes se deitavam em folhas de jornal. Balram cresceu, deixou para trás a sua terra e foi para a cidade,  em busca de trabalho.  Vítima  da sua condição inferior, Balram, apesar de ser inteligente,  não conseguiu fugir ao seu destino: servir os ricos, sofrer a injustiça, a miséria e a fome. O seu destino foi marcado pela casta a que pertencia.

Na carta de Balram está a realidade de uma nação corrupta, criminosa e repleta de vícios. Um assassino é facilmente ilibado do seu crime. Há sempre um criado que paga pelos erros alheios. Esta decadência da sociedade e do ser humano é descrita de forma brilhante, em tom direto, pautado por uma subtil ironia.

Fonte: http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/343790.html (adaptado)

13 janeiro, 2014

O Vale dos Yetis

 


"Tensing, o monge budista, e o seu discípulo,o príncipe Dil Bahadur, tinham escalado durante dias os altos cumes ao norte da cordilheira dos Himalaias, a região dos gelos eternos, onde só alguns lamas puseram os pés ao longo da história. Nenhum dos dois reparava nas horas, porque o tempo não lhes interessava. O calendário é uma invenção humana; a nível espiritual, o tempo não existe, ensinara o mestre ao seu aluno.
    Para eles o que importava era a travessia, que o jovem efectuava pela primeira vez. O monge recordava tê-lo feito numa vida anterior, mas essas lembranças eram um pouco confusas. Guiavam-se pelas indicações de um pergaminho e orientavam-se pelas estrelas, num terreno onde, mesmo no verão, imperavam condições muito duras. A temperatura, vários graus abaixo de zero, era suportável apenas durante alguns meses por ano, quando as temperaturas fatídicas deixavam de fustigar aquela região".

 
O Reino do Dragão de Ouro,  o terceiro volume da trilogia de Isabel Allende. Para além das peripécias vividas pelos protagonistas, a autora também desvela o valor e a simplicidade dos ensinamentos budistas.
 É assim que começa o romance
   E é deste modo que os membros do Clube de Leitura Ferreira de Castro começarão mais uma sessão, na próxima sexta-feira, dia 17 de janeiro, pelas 21h, na Biblioteca da nossa escola.

    E já agora, sabes o que é um yeti?
   


   

18 novembro, 2013

Clube de Leitura


Na sessão do Clube de Leitura sobre a obra de Mário de Carvalho "A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho", realizada no dia 15 de novembro, sobressaiu a boa disposição dos seus membros. No que diz respeito ao livro, todos destacaram não só o bom domínio do léxico do Português como também  a magnífica utilização da ironia.









Próxima sessão: 17 de janeiro de 2014
obra em destaque: O Reino do Dragão de Ouro, de Isabel Allende.

05 novembro, 2013

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho

A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho é um conto narrativo de Mário de Carvalho, publicado em 1983. Trata-se de uma obra que vai amalgamar duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e as de 29 de Setembro de 1984. No desenrolar da ação vai-se fazendo fortes críticas ao exército português e às forças paramilitares e policiais da década de 80.
Resumo
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O início do conto dá-se quando a musa da história, Clio, adormece e deixa dois fios da tapeçaria milenária da história enlearem-se, amalgamando-se as datas de 4 de Junho 1148 e de 29 de Setembro de 1984. De seguida, em Setembro, já no desenrolar da ação, Ibn-el-Muftar, um líder mouro, que conduzia o seu exército para a reconquista de Lisboa, - surpreso com a mudança de época e paisagem provocada por Clio - pensa estar sobre o efeito de um passe de magia cristã. O agente da PSP Manuel Reis Tobias que, no momento da chegada repentina do exército de Ibn-el-Muftar na Lisboa do século XX, estava de serviço, - escondido atrás de um prédio perto de uns semáforos onde era vulgar a sua transgressão - comunica uma mensagem ao posto de comando dizendo que havia uma manifestação não autorizada na Avenida Gago Coutinho e parte do Areeiro. Poucos minutos mais tarde, chega a polícia de intervenção rápida que, ao tentar "limpar a avenida", é desmobilizada ao ver que a cavalaria moura se preparara para investir contra eles. No entanto, o exército português chega, depois de ter sido pedido o seu auxílio pela PSP. O capitão Aurélio Soares das Forças Armadas Portuguesas consegue alcançar Ibn-el-Muftar para diálogo, depois içar uma bandeira branca. Depois de se saudarem os dois em árabe, Ibn-el-Muftar e o seu exército desaparecem deixando o capitão Soares e toda a escolta militar confusa com aquele fenómeno.
A causa desse súbito desaparecimento fora o facto da deusa Clio ter despertado do seu sono e retificado o curso da história, fazendo desaparecer os mouros e fazendo esquecer todas as pessoas que testemunharam aquele fenómeno que nada tinha acontecido. Visto que ninguém sabia o que se passara, os oficiais responsáveis pelas forças policiais e militares portuguesas que intervieram na ação, tiveram que explicar em tribunal marcial o porquê de se encontrarem na Avenida Gago Coutinho com respetivos batalhões, sem aparentemente nada se ter sucedido. Já para o exército de Ibn-el-Muftar o acontecimento foi menos grave, uma vez que eles aproveitaram o caminho de regresso para devastar os campos agrícolas de Santarém. É uma obra versátil e adequada a qualquer idade!
                                                                                                                                                    Fonte: Wikipédia
 

23 setembro, 2013

A Viagem do Elefante










É já no próximo dia 18 de outubro, pelas 21h,  que os membros do clube de leitura se juntam para falar sobre o livro "A Viagem do Elefante" de José Saramago. A sessão está aberta a todos os membros da comunidade.

 

18 setembro, 2012

Bom Ano e Muitas Leituras

Começaram as aulas... Mais uma viagem com livros!

 
 
CLUBE DE LEITURA 2012/2013
 
AS NOSSAS LEITURAS

·       Instinto Supremo – Ferreira de Castro –Outubro

·       O retorno – Dulce Maria Cardoso- Novembro

·       A casa Quieta – Rodrigo Guedes de Carvalho- Dezembro

·       As três vidas – João Tordo- Janeiro

·       Agora Não – José Luís Peixoto- Fevereiro

·       O Banqueiro Anarquista – Fernando Pessoa-Março

·       A Chuva Pasmada – Mia Couto- Abril

·       Um estranho em Goa – José Agualusa-Maio

·       A volta ao Mundo- Ferreira de Castro- Junho

 

19 abril, 2012

Clube de Leitura - Os Fragmentos








É já amanhã, 20 de Abril, pelas 21h, na Biblioteca da Escola Ferreira de Castro, que o nosso CLUBE DE LEITURA  organiza a leitura do livro de Ferreira de Castro "Os Fragmentos".  Nesta sessão a leitura gira em torno do "Historial da Velha Mina".

15 março, 2012

Últimas Notícias do Sul

Esta é a proposta de leitura para a próxima sessão do Clube de Leitura
 
Sinopse


«Este livro nasceu como a crónica de uma viagem realizada por dois amigos, mas o tempo, as mudanças violentas da economia e a voracidade dos triunfadores transformaram-no num livro de notícias póstumas, no romance de uma região desaparecida. Nada do que vimos existe tal como o conhecemos. De certo modo fomos os afortunados que presenciaram o fim de uma época no Sul do Mundo. Desse Sul que é a minha força e a minha memória. Desse Sul a que me aferro com todo o amor e com toda a raiva.
Estas são, pois, as últimas notícias do Sul.»

Luis Sepúlveda
 

13 março, 2012

A Missão - Clube de Leitura



No dia 17 de Fevereiro, decorreu mais um encontro do nosso Clube de Leitura. Os participantes leram "A Missão" de Ferreira de Castro e partilharam a sua opinião sobre esta obra.

22 novembro, 2011

Clube de Leitura

Mais uma sessão do Clube de Leitura, para analisar "As Esquinas do Tempo" de Rosa Lobato de Faria. A sessão realiza-se na Biblioteca da nossa escola, na próxima sexta-feira, dia 25 de Novembro, pelas 21h.

Sinopse:
"Quando Margarida chegou à Casa da Azenha teve aquela sensação, não desconhecida, mas sempre inquietante, de já ter estado ali".


Margarida, uma jovem professora de matemática de Lisboa, vai para Vila Real proferir uma palestra e fica hospedada numa pousada. Em seu quarto, está pendurada uma pintura de um homem muito parecido com Miguel, sua atual paixão. Na manhã seguinte, por um inexplicável mistério, ela acorda cem anos atrás, na casa de seus antepassados. Sem perder a consciência de quem é, ela odeia esta volta no tempo, mas aos poucos vai-se adaptando. Conhece o homem do quadro e apaixona-se por ele. Após um acidente fatal, Margarida regressa ao presente.

13 outubro, 2011

A Máquina de Fazer Espanhóis

É já na sexta-feira, dia 21 de Outubro, na Biblioteca da Escola Ferreira de Castro, a partir das 21horas, que o Clube de Leitura  promove uma sessão sobre o livro "A Máquina de Fazer Espanhóis", do escritor português, Valter Hugo Mãe.
Para saberes mais sobre este livro visita este endereço: http://www.pglingua.org/sites-associados/imperdivel/2972-a-maquina-de-fazer-espanhois-resenha-de-raquel-miragaia